quinta-feira, 28 de junho de 2012

Hoje foi minha apresentação de Interpretação II;
Nesses dias eu realmente saio do controle... 
Eu sufoco dentro d mim uma ansiedade, um medo, uma angústia. Que eu realmente não sei da onde vem. Me pergunto sempre: "Por que tanto nervosismo? Por que tais descontando nas pessoas?"
E as vezes em momentos mais drásticos: "O que há de errado com você?"
A verdade é que eu só me sentiria segura se você estivesse aqui comigo, pra me dar um beijo, um abraço e me desejar merda.
Hoje tava todo mundo tão nervoso que se esqueceram de desejar merda um para o outro...
A platéia devia ter umas dez pessoas... A menor platéia da história das provas públicas de interpretação.
A apresentação muito longa, muitos grupos, muitas peças longas...
Enfim, errei meu texto... E ninguém mais errou... 
Minha mãe e minha irmã do coração assistiram e disseram ter gostado muito, mas eu sempre acho que ela nos acham muito amadores. Mas tudo bem, apoio em casa não falta.
Sabe o que falta?
Você. 
Você na platéia, você me esperando sair da sala, com uma nota sobre as cenas...
Agora seria tão bom sairmos para comemorar o quase fim do semestre (última prova amanhã).
Sinto sua falta todos os dias e só não desmancho no meio da semana porque sei que no final de semana vamos dormir abraçados, dizer palavras doces no pé do ouvido e nos beijarmos sem pressa.
A única coisa que me incomoda é a viagem até Lages... Três a quatro horas num carro com estranhos, pedindo a Krishna que tudo de certo, que me proteja na viagem e que eu te encontre logo que chegar.
A incerteza de não estar preparada para o frio, a mochila pesada, a fome, o sono e o cansaço da semana são compensados quando eu vejo sua carinha abatida de mais um longo dia de trabalho no hotel.
E eu percebo que você não trabalha por você, mas por nós. Para termos os momentos únicos de finais de semana. Para podermos um dia ter isso todos os dias. Para um dia, que Deus permita que ele chegue, estarmos nós dois cada um com sua mochila de mãos dadas quem sabe em que lugar desse mundo que do tamanho eu só desconfio.
O melhor, disso tudo, eu evito até falar pois tenho medo de gastar: é que eu te amo, e o eu te amo já tá ficando pouco para nós. Daqui a pouco estaremos falando em outras línguas e quando dominarmos todas só poderemos expressar do nosso jeito mais silencioso de dizer isso. Sem palavras nem som, apenas o adormecer dos meus olhos nos teus e o seu coração me vendo como eu realmente sou. 
Me aceitando como eu te aceito, e me respeitando como eu mereço ser respeitada, mas nunca, nunca me amando menos por eu ser como eu sou.
Que rumo diferente tomou esse registro.
E eu já não tenho medo de me arriscar em estradas tão definitivas como a que a gente ta trilhando.
Eu sei que em casa sempre vai existir uma mãe meio louca mas extremamente amorosa me esperando, uma irmã realista e consciente de todas as realidades, uma irmã que nunca sentiu vergonha de ser quem é, e que todas me amam. E sempre amarão.
Assim como nesse momento eu tenho certeza que eu te amarei para todo o sempre. 
Aquele sempre que cabe na distância do seu toque pro meu toque.


imagem: TUMBLR <3

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"Sou somente uma alma em tentação, Em rota de colisão. Deslocada, estranha e aqui presente." Lenine (fere e rente)