sábado, 22 de novembro de 2008

Bela Lisa


Elisa caminhava lentamente, enquanto se divertia com o som de folhas secas em que pisava.Já era adulta, sabia disso. Mas seu rosto e seu sorriso continuavam a exibir uma certa infantilidade. Sem feições marcantes, apenas os grandes olhos claros, podia ser chamada de bela.
Deixara tudo para trás, com o único propósito de recomeçar.Gostava de ver o sol nascer, de observar folhas caindo, e até mesmo admirar o passado.
Cansada de esperar por ele, suspirou.
Apoiada na janela, teve a brilhante idéia de queimar seus lençóis.
Sempre agiu por impulso e pecipitadamente, mas sabia que aquela era uma medida drástica que precisava ser tomada.Afinal, todos os seus sentidos já estavam acostumados com a ausência dele, exceto um.
O tato, ela não podia tocá-lo.
A visão, já não o via há tempos, nem em fotografias.
O paladar, o gosto de seus beijos fora resolvido com uma boa escovada nos dentes e uma bala de menta.
A audição, essa ela ocupava com músicas dançantes e animadas. O timbre dele fora esquecido logo depois dos gritos causados pela discussão.
Agora, só restava eliminar o cheiro impregnado dos lençóis.
Não bastava lavá-los, pois quando se deitasse novamente, a memória a faria lembrar das noites perdidas.
Estaria ela pronta para fechar aquela porta? Uma coisa é certa, a janela que hoje estava aberta, para sempre permaneceria assim.

O vício


Lúcia o observava de longe, sabia que era ele. Conhecia todas as suas tatuagens, assim como cada milímetro de seu corpo. Aquelas noites e aqueles olhares tão intensos, sabia que nada fora em vão, mas custava a acreditar que aquele homem sentado com muitas mulheres em volta, era o mesmo que um dia ela chegou a beijar os lábios. Tanto era o mesmo homem como tinha a mesma cicatriz no peito.
Com a camisa aberta, ela via a prova que não deixava as ilusões tomarem sua mente.
Ele sorria para as mulheres em volta, enquanto elas o beijavam em várias partes do corpo. Ele estava tão excitado que não pode notar a presença de Lúcia.
Até que os olhos se encontraram, aquele encontro de olhares pareceu durar muito mais do que apenas três segundos. A expressão assustada de Lúcia, fez com que ele se envergonhasse e paralisasse tudo o que estava fazendo, só para olhar mais profundo nos olhos dela.
Naqueles segundos, ele decidiu o que fazer e escolheu para si um final feliz. Se levantou, caminhou até ela, que neste momento cobria o rosto com as mãos.
Com aquele toque delicado, conhecido pelos dois nos momentos de intimidade, ela se deixou levar por ele, caindo em seus braços.
- Por que...? - tenta ele.
- Não sei... - disse ela, como uma resposta.
- Por que você foi embora? - disse Eduardo já tomado pela indignação, "como poderia estar ela naquele lugar? ou o que pretendia fazer ali??"
- Por que você pediu...- Lúcia estava tremendo, do mesmo modo como tremia quando ele soprava de leve em sua nuca.- Eduardo, eu só queria um tempo para mim. - Tenta esclarecer.
- Final feliz para nós dois? (ele realmente sabia como lidar com ela...)
Essa escolha, embora ela soubesse que era um erro, não podia desperdiçar aquele beijo e aquele toque, ela havia desejado isso desde que partira.
Eduardo a amava, mas não sabia o significado da palavra "respeito". Para ela, eram sinônimos. "Como pode um homem que não respeita nem a si mesmo, ser tão delicado em suas carícias?" Era o que Lúcia se perguntava todas as noites, quando ele saía a procura de algum copo de bebida ou uma mesa de jogos.

Aviso

O tempo nunca parou, as folhas, as árvores, o vento... tudo continua exercendo suas funções...exceto o telefone e a minha caixa de correios... por onde vc anda??
se diverte as custas de minhas aflições!
eu achava q a liberdade estava em seu sorriso mas descobri nele e em seus lábios a dependencia.
Vício e distorção.
Se divirta, mas não pense q te deixarei voltar...

Trecho do roteiro


"- Eu tenho que ir...Tenho que alcançar minha carona.
- Então vá.
- Eu fui.Achei que talvez fosse maluca...Mas você era interessante...
-Queria que tivesse ficado.
-Eu também queria ter ficado.Agora eu queria ter ficado, queria ter feito um monte de coisas.Eu queria ter...Eu queria ter ficado... Queria sim.
-Eu desci e você tinha ido.
-Eu saí... Sai pela porta
-Porquê?
-Não sei. Senti-me um menino apavorado, era mais forte que eu...não sei.
-Estava com medo?-
Estava...Pensei que soubesse que eu era assim.Corri de volta pra fogueira tentando superar minha humilhação, eu acho.
-Foi alguma coisa que eu disse?
-Foi.Você disse: "Então vá", com tanto desdém, sabe?
-Me desculpe...
-Tudo bem....
-Joely...E se você ficasse dessa vez?
-Eu fui embora pela porta... Não sobrou nenhuma lembrança.
-Volte e faça uma despedida, pelo menos. Vamos fingir que tivemos uma.
Tchau, Joel.
-Eu te amo.
-Encontre-me em Montauk..."

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-

"Esse foi o dia em que nos conhecemos. Você estava na beira do mar. Mal dava pra te ver de longe. Eu me lembro de cair por você bem ali.Eu pensei: 'que estranho, estou caído pelas costas de alguém'Você estava com aquele casaco laranja que eu iria conhecer tão bem. E acabar odiando."

trechos do filme: "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças"

Música

"Living is easy with eyes closed
Misunderstanding all you see
It´s getting hard to be someone
But it all works out
It doesn't matter much to me..."

Memórias e Promessas

Num grande temporal,
ela se questiona se tudo o que vivera realmente valeu a pena... Ela sabe q logo o vento virá e arrancará as telhas de seu lar, que em questões de segundos os tijolos se quebrarão e ela verá todos os quadros e porta retratros caídos no chão, quebrados. Sem medo, nem um pingo d arrependimento, ela se levanta e caminha p/ fora, consciente d q o temporal logo levará tudo e a todos, mas mesmo assim, se permitindo lembrar daquilo q lutara tanto para esquecer:
-Fruta? - pergunta Lucas.
-Romã, vc já sabe q a minha fruta preferida é o romã!- reclama Lúcia, querendo saber pq ele sempre perguntava sobre cores, frutas e roupas preferidas.
-Mas eu pergunto sempre p/ me certificar se eu sei realmente, afinal, estamos juntos, não??
-Estamos!- Disse ela, enquanto sorria.
-E eu como bom amigo, e como o melhor namorado do mundo, devo saber cada mínimo detalhe do seu gosto.
-Entendo, sr. melhor namorado do mundo!- Lúcia se joga em cima dele, com bastante confiança d q ele a segurará.
Sentados debaixo daquela árvore, Lúcia insitia em se afastar dele, só para ter o prazer de vê-lo chegar mais perto e perceber q ele se encomodava com a distância.
Anos mais tarde, Lúcia se lembrara desta cena, embora quisesse muito esquece-la ou simplesmente perde-la em seu emaranhado d memórias inofensivas e sem cor.
Agora Lúcia vê o temporal se aproximando mais e mais e sorrindo se deixa levar... A tristeza q sente de ter se recordado de tudo, com certeza, é muito menor do q a tristeza q sentiria se não tivesse vivido aquilo.
*
Com lágrimas nos olhos, ele percebe q ela e toda sua cidade natal se fora e q agora não passam d emaranhado d sonhos e memórias antigas q tds teriam medo d tentar desenrolar. Seria o mesmo q mecher em um grande sotão, poeira, bolor e escuridão porém, ainda haveria uma lanterna em sua mão. "Nunca me cansarei de ter procurar!"- promete ele uma ultima vez.

Vício

Tudo o que poderia considerar
era que ele sabia como lidar com ela. Sabia o que dizer e em que momento dizer, sabia todos os pontos estratégicos de Lúcia. Porém, ela sabia como fazer ele correr atrás, sempre. Fazia isso sem nem sequer notar, apenas sorria tentando esconder o pranto, durante todas as brigas. Não sabia como, mas aquilo o fazia suar e querer que ela sorrisse novamente. Ligava todas as madrugadas pronto a fazê-la escutar a música que havia composto há meses. Mas ela nunca esquecera que ele a deixava esperando todas as vezes, ou que preferia a bebida á uma noite com ela... Esse vício já estava tomando tudo, até os quartos tinham o cheiro de alcóol e os espelhos exibiam rostos infelizes e cansados.

Perdão?

As vezes dizer o q se pensa...
pode fazer o seu dia, o seu ano ou a sua vida algo muito melhor... Como sempre agi por impulso me arrependi diversas vezes por ter dito o pensava, quando na verdade, foi o melhor q pude fazer naquele momento. Se vc soubesse o quanto me arrependi d tê-lo trocado por alguém q nunca sequer me quis, exceto naquela noite em q não se tinha ninguem melhor p/ ficar... Ou q me arrependo d não ter entendido q o seu silêncio era o modo d dizer q me amava. Que o modo d me beijar sem jeito e com os lábios trêmulos era o modo d demonstrar carinho. Quando vc disse q não se importava, q me perdoava por tdas as sacanagens feitas, pensei: "poxa, ele não tem amor própio??" e só dpois d muito tempo fui entender q esse era o seu modo d se dar valor: perdoando os outros e escolhendo aquilo q te faria feliz. Fiquei um ano ou mais sofrendo a toa por alguém q não me queria, sem perceber q mesmo dpois d td, vc ainda me cumprimentava e dizia coisas q eram boas d escutar, como: "Você uma pessoa muito legal, nina" , "Vc faz falta". *Hoje quando t beijei, percebi q seu beijo havia mudado, não estava tímido como antes... posso até dizer q vc esta experiente, ou então q não fica mais tão nervoso quanto ficava quando eu me aproximava... Tinha esquecido o quanto é bom estar com vc, tinha esquecido q o seu sorriso me fazia sorrir, e esquecido q são nas coisas mais simples q se atribuem grandes valores. Quando vc diz q não quer se prender entendo seu medo d ser machucado novamente por mim, mas posso t garantir q não me iludo mais e muito menos, me atraio por coisas q não posso ter.

Isso foi antes! ;)
te amo, e disso tenho certeza.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Me torturando, de novo

Soneto 65

Se bronze, pedra, terra, mar sem fim;
Estão sob o jugo da mortalidade,
Como há de o belo enfrentar fúria assim
Se, como a flor, é só fragilidade?

Como há de o mel do estio respirar
Frente o cerco dos dias, que é implacável,
Se nem rochas o podem enfrentar
Nem porta de aço ao Tempo é impermeável?

Diga-me onde, horrível reflexão,
Pode o belo do Tempo se ocultar?
Seu passo é retardado por que mão?

Quem pode a ruína do belo evitar?
Só se eu este milagre aqui fizer
E a tinta ao meu amor um brilho der.

William Shakespeare


Eu me torturo, procuro suas fotos, nossas fotos em nossos fotologs, observo sua vida de longe, passo horas a fio a pensar como seria se eu participasse dela...
Só posso dizer que não aprendi a te esquecer, por mais que eu tente, que eu passe meses sem nenhum contato não sou boa o bastante, talvez madura o bastante, para lidar com a situação da rejeição. Dois anos se passaram e eu continuo a marcar datas, sonhar acordada e a chorar quando ouço trechos de musicas que me transportam até você.
Eu gostaria muito q vc lesse tudo isso, mas eu estaria me comportando daquele modo ridículo que você tanto criticou e eu poderia estar agindo como uma obcecada, doente... Eu sei que é isso que vc pensa de mim...
Hoje vejo vc demonstrando amor de uma forma tão intensa e sem medo de comprometimentos e, espero, de todo coração, que vc entenda o amor que senti e que ainda sinto por você... Muito mais além do que pode ser expresso em palavras...

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Recomeçar é o segredo.

Enquanto Camila caminhava em direção ao balcão, Marcos buscava em suas últimas palavras um sentido concreto.

" Me procure daqui cinco anos..." disse ela, mas o que haveria de errado com o presente? Será que fora aquela noite em que ela se sentiu pressionada? De qualquer forma, Camila sempre foi instável...

Ela vai me procurar, pensava Marcos em todas as brigas, porém, era sempre ele quem achava um bar e se deparava com ela no balcão, nunca foi um problema seu vício, exceto pelo fato de os dois terem muitos lugares em comum. Sempre a procura de uma mesa de cinuca e ela de algo p/ perder a noção da realidade.

Mas nesse caso, ela nem reparou na mesa de jogos e nas apostas, simplesmente percebeu o quanto brilhava o balcão vermelho,parecendo ser coberto por uma camada d verniz. O drinque deve ser caro, mas ela não queria pensar nisso, não agora... Marcos realmente passou dos limites. Não haveria volta, prometera ela a si mesma.

Marcos a viu, ela estava com aquele mesmo vestido preto, aquele mesmo sapato vermelho boneca e aquela mesma bolsa surrada. E ao mesmo tempo em que estava com aparência de não ver uma cama há tempo, o fato de estar lúcida a deixava mais bonita do que realmente era.

Caminhou em sua direção, tentando tocar-lhe o ombro, e percebeu q ela estava usando aquele perfume com o frasco em formato d uvas, aquele do ultimo natal, da ultima ceia e da ultima cena feliz q ele tinha em sua memoria. Isso o deixou mais leve, e ele teve certeza naquele momento q não era o perfume, não era o vestido, não era o balcão vermelho, não era nada dela, ou em volta dela, era simplesmente ela.

É uma pena q ela não valha nada sem essas coisas tão velhas e mal cuidadas.
Personagens ficticios, porém todos eles mostram o que eu teria feito, os erros que cometi e talvez o que eu queira realmente me tornar.
Não importa, desde q sejam os flocos de neve de sempre, não tem problema.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

la vie


Estranho pensar que durante tanto tempo estive pensando em pessoas q nem d longe se lembravam d mim...
Mais estranho ainda é acreditar q fiz diferença em suas vidas, e q hj eu sou muito mais do q alguém p/ falar mal... Espero que todas as pessoas, amigos e amores q passaram na minha vida conheçam, assim como eu conheci, o amor verdadeiro, a amizade perfeita e sentimento fraternal sem nenhum elo familiar. Sem contar as decepções q um dia farão, para todos sem exceção, uma imensa diferença e uma bela explicação sobre o q estamos fazendo aqui.
Hoje, resolvi escutar meu gênio Lou Reed, irreverência é o q não falta, e claro não pude deixar d rir ao pensar q um dia pensei q morreria sem vocês, e sobre sermos substitutos e substituídos, a vida é assim.

(na imagem, meu gênio)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

De volta

Ela tinha os olhos descançados, calmos novamente. Cabelos sedosos e bem arrumados. Seus lábios pareciam agora estar sempre sorrindo.
Se curara de sua amarguisse, egoísmo e de sua redoma.
Como isso ocorrera?
Ela o encontrara, estava de volta em seus braços, o tinha sempre do seu lado na cama, e seu sorriso no café da manhã.
Suas roupas voltaram a demonstrar leveza e seriedade, mas com um pequeno entusiasmo juvenil!
Escutava Matt Costa , enquanto lia e o ouvia cantar "loookiiing baaaack...", ria dele e pensava: Como sou capaz d amá-lo tanto?
Não sentia ciúmes, nem saudades, pois sabia que quando ele saía p/ trabalhar voltaria dali a seis horas. Confiava nele e nunca havia sentido a sensação de ter certeza de ser correspondida.
Voltara p/ a cozinha, fazendo pratos vegetarianos e rindo sempre do que ele falava. Um riso leve, sem compromisso e com uma pitada de vinho.
Bebiam todos os dias em pequenas quantidades, prontos a sentirem a liberdade mais aparente de se amar.
Questionamentos filosóficos não faltavam, ali estava um homem a sua altura, diziam os vizinhos.
A calmaria da vida de casal, duraria pouco, no fundo ela sabia. Mas quem se importa? Estava fazendo o que demorara tanto p/ aprender: Viver o hoje!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Continuação, agora com um grande equivoco!

Já estava na segunda música do cd, e ela já estava se lembrando do que sentiu quando ele se aproximou e perguntou se ela queria se juntar a turma dele...
Ela queria sim, os olhos dele eram interessantes...
-Bom, meus amigos estão longe daqui, acho q não se importariam!
Ele sorriu com sua resposta, e isso a fez tremer toda, já q seu sorriso era mais atrente do q imaginara.
Ele pegou sua mão, e hoje enquanto se recorda, pensa q aquele toque tinha sido o mais intimo d tda relação deles. Fora tão espontaneo o modo como ele havia segurado sua mão, q ela pensara com seus botões " Ele é experiente ".
Prometeu a si mesma q seria a unica e não só mais uma, usaria tdas as suas técnicas para conquista-lo... Fazia tempo q não tinha um desafio em mãos!

domingo, 20 de janeiro de 2008

Equívoco

Era um equívoco. Ela sabia disso. Mas não podia deixar de escutar aquele cd, pelo menos só mais uma vez, a última. Conhecia todas as notas d uma forma até maluca...
Era equivocado ter gritado que nunca mais o veria, nem em seus pensamentos e nesse momento estar escutando o cd cujo ele chamava d "o precioso".
não era só o cd q era favorito entre eles, como também o show em q fora gravado. Se conheceram naquele show, sem medo nem pudor, decidiram naquela noite q iriam estar juntos p/ o resto da vida! Recordava ela cada palavra dita e cada gesto feito, assim como cada olhar trocado.
- Quer um gole? Ele nem se preucupava em começar uma conversa, sabia muito bem fazê-lo!
- Quero... Hoje ela se pergunta por que aceitou e por que deixou aquilo td ir adiante, justo ela q era bem anti-social.
Poderia ter ido embora e nem olhado p/ trás... Mas aí só seria mais uma noite d distração, e assim, não haveria história!

sábado, 19 de janeiro de 2008

Retorno e Lembrança


Ela caminhava sem q seus pais tocassem o chão.
Ouvia a música no fundo do corredor, sabia que era ele! O único a saber tocar sua música e aos poucos, quanto mais se aproximava mais sentia seu perfume: inconfundível cheiro d lavanda!
Estava com tantas saudades e tão ansiosa para vê-lo que não podia nem respirar.
Abriu a porta sem pensar e o encontrou d costas, debruçado sobre a partitura, pronto a começar tocar novamente.
Seus cabelos compridos ondulados sempre presos, estavam um pouco maior do que quando partira.
Ela se aproximou e tocou seu ombro, ele nem sequer se surpreendeu e disse:
- Sabia que essa música te atrairia para cá!
- Eu... - tentou ela sem perceber que ainda estava de camisola e descabelada, e por um momento teve medo de ainda estar na cama sonhando.
-Não diga nada- disse ele - Eu sei o tamanho de minha ausência.
Vendo-a mecher em seus cabelos preocupada com a aparência, disse:
- Fique tranquila, já te vi acordar muitas vezes...
Ela sorriu e isso permitiu que ele se aproximasse, ela se deixou tocar pois não podia em momento algum lhe dizer não. E as saudades eram tantas que nem seu corpo aguentava, trazendo grandes dores de cabeça.
O seu beijo continuava o mesmo, seu toque tinha a mesma leveza e sua paciência parecia não ter sido abalada. De repente ela ouviu a música começar a soar novamente, sabia que era sua mente que trazia de volta todas as notas e acordes esquecidos, juntamente com o ritmo d seus compassos. Sabia q ele voltara para ficar.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Dia de Verão com Céu Nublado


As ondas do mar hoje estavam lindas! Sem nenhuma imperfeição, se formando todas no mesmo lugar e sempre com a mesma força. A água estava tão clara quanto a água de meu copo que estou bebendo agora... Embora a água estivesse linda, o céu estava cinzento... É mais ou menos assim q me sinto, uma parte de mim parece perfeita enquanto, na realidade, falta muito p/ um legitimo dia de verão...

Por que isso??

Acho que é pq vc simplesmente não pode estar comigo nesse momento e escutar "The police" o dia inteiro não ajuda!


Continuo a te esperar sem saber em que direção, ou em que dia d verão você virá!


sábado, 12 de janeiro de 2008

Floco de neve

Nenhuma grande idéia ocupa meus pensamentos, exceto a que traduz vc.

Aquele minúsculo floco de neve que esta intocado há mais de um ano, exibe exatamente o que sinto. Ele continua flutuando em minha mente e tenho certeza absoluta, que é assim que ele deve permanecer.

as vezes me pego brincando com ele e pensando se tivesse sido o contrário, ou se o tempo tivesse parado naquele exato instante...

Minha mente parece um emaranhado de lã, idéias e registros á habitam. Mas no meio dessa "cama de gato" algo vive a brilhar... É o meu floco de neve, aquele que leva o seu nome.

Não o chamo pelo nome, sim pelo nome que te dei á um ano atrás, quando dizíamos "eu te amo" sem medo do amanhã.

Embora pouco me lembre de vc, ainda conheço cada caracteristica desse pequeno cristal, e o conheço melhor do q a mim mesma.

Os compassos da nossa música são marcados com o bater dos meus pés, e os meus lábios continuam a se mecher, mostrando assim, a letra da musica, jamais esquecida. No momento escuto e recordo com saudades e claro, com arrependimento.

Estaria olhando nossas fotos se ainda as tivesse e logo depois as destruiria, coisa que já fora feita há tempos.

E saiba que eu só mantenho seu floco de neve vivo em minha mente, pelo medo d cometer o mesmo erro.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Lábios Colados


Ninguém me entende quando digo que meus lábios poderiam ser colados...

Não por falar pouco, pois falo muito, mas sim por ter os meus pensamentos apenas para mim.

Sempre me questiono se os meus pensamentos são privados somente á mim...

Aquelas coisas que nunca devem ser ditas em voz alta, mas que sempre fazemos questão de lembrá-las, ou então aqueles sonhos que se fossem contados a alguém, seriam considerados impossiveis, embora vc ainda os siga, em segredo.

Sem contar as milhares de vezes que escutei "Mariella-Kate Nash" e tive a certeza d que aquela música fora ecrita para mim.

Quem sabe um dia eu possa não mais desejar ter os lábios colados e tenha alguém em quem realmente confiar todos os meus pensamentos...

Acho que televisão foi inventada para manter as pessoas solitárias e para sempre consumistas.

Sou consumista, sempre fui, mas apenas como fruto da nossa sociedade e como alienada de grau comum.

Mas e a solidão? O que fazer com ela?

Ás vezes dançar ajuda, mas quando não é apenas o silêncio que te incomoda, o que fazer?

Amigos, eles não estão disponíveis 24 horas por dia, nem se pode gastar muito em telefone.

O jeito é criar um Blog... Serve para desabafos, distração, passatempo e até mesmo comunicação.

Creio eu, que eletrodomésticos em geral são objetos para solidão, podem nos distrair mas quando nos vemos só, eles podem se tornar instrumentos d tortura.

Como o telefone que agora toca incansávelmente e vc percebe que não há mais ninguém em casa a não ser vc para atende-lo. Ou então a geladeira que vc abre d cinco em cinco minutos e ás vezes apenas para se certificar d q ainda tem comida o bastante para mais uma tarde solitária. O seu ventilador que te traz conforto e vento, que com todo o silêncio da casa, se torna barulhento e insuportável. O som, embora o meu permaneça sempre ligado, ás vezes te faz pensar que aquela música só deve ser cantada á dois, e com aquela pessoa especial somente.

Enfim, eu continuo sempre aqui, apenas eu e os eletrodomésticos, somente á espera d alguém para compartilhá-los...

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"Sou somente uma alma em tentação, Em rota de colisão. Deslocada, estranha e aqui presente." Lenine (fere e rente)